3.3.09

Abaeté: Cidade Menina



Legenda da foto: Renato Andrade (in memorian) e sua inseparável viola

Abaeté é cidade onde mora o Romano, mais conhecido como Maninho. É onde mora o Lucas, o Arley e o Taidinho. Lá também, vive o Preto que, além de amigo, é o prefeito. Tem a Roberta, a Ana Clara e a Eni. Êta gente porreta sô. Têm festas badaladas, gente bonita e divertida. Têm uma famosa ferinha com salgados, doces, música e farinha.
Dizem que lá, também, tem um caboclo chamado Veio do Rio. Dizem que ele sabe da história e do sofrimento humano, exatamente porque, ele é humano. Sei que ele até era budista e tudo, mas um dia explodiu o mosteiro porque dizia não gostar da instituição. Ele é procurado pela polícia e fuma cigarros e charutos. Dizem que isso o faz ancorar os pés no chão, pois caso contrário seria atraído pela voz do rio e nunca mais voltaria. Eu acredito nessa estória.
Às margens do Ribeirão Marmelada, com a Serra do Tigre se levantando no extremo Oeste, Abaeté já é centenária. Pertinho da represa de Três Marias. A cidade tem ruas largas e praças ajardinadas.
Seu aniversário é 1.o de janeiro. Eu sou de lá. Nascido lá. Pelas mãos do mestre Fernando; doutor Fernando. Foi prefeito de Abaeté. Foi e sempre será meu mestre.
Abaeté tem nome de “Homem mau” e gente simples. Lá você vê crianças jogando bola, adolescentes namorando, adultos trabalhando e velhos fofocando. Odeio fofoca. Mas sou fofoqueiro.
Em Tupi-Guarani, Abaeté significa “Homem forte, valente, prudente e ilustre”. Seus filhos são muitos filhos ilustres.
Abaeté é muito conhecida pelas suas belas mulheres e pelo seu carnaval, que nos últimos tempos, tem sido considerado o melhor da região e um dos melhores de Minas.
A Cidade Menina – Título do Hino da Cidade, composta pelo major Belinni e letra do Professor Modesto – tem também boas cachaças. Ou pinga para os leigos.
Seja a garrafa de vidro, louça ou cerâmica. Tonel de carvalho, imburana ou jequitibá. A pinga abaeteense é da boa. Até quem não gosta de beber - que, aliás, não é o meu caso -, aprecia a branquinha ou amarelinha.
É o caso da Roxinha. Uma de minhas preferidas. Produzida há 10 anos na cidade, ela é envelhecida em tonéis de carvalho e jequitibá. A ouro (amarela) custa 12 contos. A prata 8. Como sei? (rs). Lá, também, tem a Mineira Serena; tem Chico Mineiro, Cristalina do Picão e da roça.
Cachaça é como novela. Tem muita gente chique que diz que não gosta, mas, na verdade, adooora.
Lá, também tem violeiro dos bão. Tinha o Renato. De sobrenome Andrade. Morreu.... mas ficou no meu coração e nos corações de muitos outros adoráveis admiradores. Agora tem o Leka. Sanfoneiro tem Toim ou Antônio para quem não conhece.
Famílias tradicionais têm os Garcia; os Valadares, os Cunha Pereira e Lucas Pereira. Tem os Campos; os Abreu; os Silva, os Souza e os Pereira; de minha mãe Luiza Pereira e de meu tio; Antônio Pereira.
Tem meu amigo Barão. Aquele da família dos Villas Boas. Sou amigo dele desde pequenininho. Ele é grande e usa óculos. Eu sou alto e uso um Heuder – Relógio Alemão.
Tem os Lamounier. Do Vicente Lamounier Filho, o Nem do Hospital que é vereador e, provavelmente, candidato a prefeito. Pode ser que ganha, mas, o Cláudio, meu amigo Preto está fazendo um excelente trabalho. Está de parabéns, merece meu respeito, minha admiração e minhas palmas.
Tem também os Souza Cruz. Do Alberico Souza Cruz, aquele da Globo. Foi Diretor de Jornalismo da TV Globo. Agora, fica lá. Na terrinha. Gosto demais dele. Mas, tem um tempo que não vejo. Alguém podia dizer pra ele que eu mandei um abraço.

(*) Wessery Zago é jornalista, escritor e teatrólogo

3 comentários:

Unknown disse...

Belissimo comentario sobre nossa cidade menina!mto bom! tambem sou de ABAETE com muito orgulho!

Unknown disse...

Obrigado Maurício. Mande-me email e telefone para contato. Abraços

Anônimo disse...

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